Chegou ao fim, no dia 14 de junho, o ano I do Projeto Civitas na nossa Escola! Seria difícil imaginar uma forma melhor de o concluir: um arraial de Santos Populares proposto e organizado pelos alunos de 8.º ano, com o apoio à coordenação dos professores Fátima Luís e Tiago Malato, a colaboração de funcionários, alguns professores e pais. O apoio para a realização, inexcedível, veio da parte das quatro juntas de freguesia do concelho, que patrocinaram a compra de alimentos, o carvão, os assadores, o empréstimo de material de luz, a recolha de rosmaninho para a fogueira e o pau para queimar a Boneca. Para além de todo o trabalho de apoio, é de registar a disponibilidade dos presidentes para receber e trabalhar a ideia, de forma entusiástica, com os alunos coordenadores dos grupos de trabalho, em reunião no edifício das Juntas de Freguesia da Vila.
E assim se fez uma tarde e noite memoráveis! Com matizes de muitas cores, feitas de música, bandeirolas, quadras e balões, altar de Santos Populares, fogueira de rosmaninho, o “Mastro da Boneca”, bifanas, sardinhas e até a coroa de batata assada nas cinzas do rosmaninho, tradição da Póvoa explicada pelos pais povenses, (uma surpresa para muitos dos presentes!).
Mas, na verdade, o trabalho prévio foi muito e feito em várias etapas. Tudo começou com a definição de diferentes tipos de projetos de voluntariado (social, ambiental, educativo e cultural). Nas aulas de Cidadania e Projeto Civitas, os alunos construíram as mais diversas propostas, debateram-nas e, numa assembleia com todos os alunos das duas turmas, votaram aquela que queriam pôr em prática. A ideia mais votada recaiu no projeto cultural intitulado “Labaredas de fim de ano”, da autoria dos alunos João Dona, João Bonato e Santiago Ernesto. Estes propunham-se divulgar e recriar uma tradição local, neste caso os festejos tradicionais desta época do ano.
E foi isso que aconteceu na noite do último dia de aulas. Um momento de convívio construído entre todos, de celebração por mais um ano letivo que agora termina, mas também de aprendizagem; montar um evento de reforço do sentido de comunidade.
Ao ar livre, numa noite já a anunciar o verão, os autores da ideia projetaram na parede imagens do seu trabalho e explicaram a origem destas tradições ancestrais e a importância de mantermos os valores da Comunidade. Todos os presentes puderam experimentar saltar a fogueira, queimar a boneca, assar a batata e, claro, acrescentaram à tradição um pouco de modernidade, num momento de karaoke e de danças menos tradicionais!
Como a solidariedade é um valor fundamental de cidadania, não faltou um apelo ao contributo de todos, que resultou na angariação de uma pequena verba simbólica, a entregar pelos alunos à Associação de Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide. Esta esteve superiormente representada na festa pelo seu Comandante, António Raimundo, assessorado por Manuel Gavetanho e Neusa Saldanha. Corporação de Bombeiros que também certificou as regras de segurança e se disponibilizou para os procedimentos legais, necessários à realização de uma festa com fogueiras.
Pelo meio, e porque os organizadores fizeram gosto em convidar para a ocasião os seus colegas do 9.º ano, os nossos finalistas brindaram-nos com um emotivo texto de despedida. Lido pela sua delegada, Matilde Carvalho, por sua voz, recordou e reconheceu o percurso desta turma que agora segue para outros voos, acompanhado por um vídeo da viagem de finalistas. Um momento que não deixou ninguém indiferente…
A todos os que contribuíram para esta iniciativa, e foram muitos, os organizadores deixam um grande obrigado! E porque os últimos são dos primeiros, um agradecimento muito especial pelo empenho e trabalho, à Paula Reixa, que superintendeu todo o trabalho de cozinha, com dedicação, competência e simpatia!
Os professores responsáveis.